quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Fórum realizou sua 48ª Reunião Ordinária na Fundaj.

O presidente da Fundaj Fernando Freire e o pesquisador João Suassuna

Aos dezenove dias do mês de outubro do ano de dois mil e onze às 09h, na sede da FUNDAJ- Fundação Joaquim Nabuco em Recife-PE estavam presentes as seguintes Instituições: Agência CONDEPE-FIDEM, CPRH, MPPE-CAOPMA (MPPE), FUNDAJ, DNOCS, CODEVASF, SEMAS, FUNDARPE, EMBRAPA e APEVISA, representados pelos signatários desta ata, se reuniram com o objetivo previamente definido e antecipadamente agendado em reunião do dia 21 do mês de setembro de 2011 para discutir a seguinte pauta: Assuntos - 1. Abertura. 2. Leitura e aprovação da Ata da reunião anterior (21.09); 3. Informes Gerais; 4. Aprovação do Novo Regimento Interno e eleição do Vice-Coordenador e Secretário Executivo; 5. Preparativos para a viagem a Itacuruba (PE). Visita técnica, Oficina e  realização da 49ª Reunião Ordinária; (dias 08,09 e 10 de novembro de 2011); e, 6. Encerramento.  Iniciando-se os trabalhos, o Presidente do Fórum, Marcelo Teixeira da CODEVASF, deu boas vindas aos presentes e agradeceu a Fundação Joaquim Nabuco por sediar a 48ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO FÓRUM  INTERINSTITUCIONAL DE DEFESA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO EM PERNAMBUCO, repassando a palavra para o Presidente da FUNDAJ, Dr. Fernando Freire, que declarou a satisfação da Fundação ser  a anfitriã dessa reunião do Fórum e passou a informar sobre a proposta que se encontra em fase de conclusão  que está integrada ao Plano Nacional de Educação - PNE e que esse Plano, a ser proposto, terá influência na área de abrangência da Bacia do Rio São Francisco. Discorre ainda o Presidente sobre a área de atuação da Fundaj que abrange as regiões Norte e Nordeste, podendo atingir todo o país por se tratar de uma Instituição nacional. Acrescenta ainda que, a área de estudo delimitado na proposta , de acordo com o PNE está delimitada a 5(cinco) áreas,  quais sejam a Bacia do São Francisco, Transposição, Transnordestina, SUAPE, PECEN e aquelas atingidas pela interiorização das Universidades públicas. Destaca a importância da integração do Fórum e do Comitê de Bacia do São Francisco na execução da proposta. Informa também que o Plano de Ação será apresentado ao Ministro no próximo dia 25 e que a partir de 2012 serão realizados trabalhos em mais de 700 municípios dentro das seguintes ações: pesquisa/educacional, Impactos ambientais, econômicos, históricos sobre o patrimônio a partir dos investimentos das áreas acima especificadas; Formação através de cursos de curta duração – 60horas, mestrado e especialização; Difusão de material pedagógico e campanhas. Encerrando a sua fala, declara o Presidente da Fundaj que, tão logo seja apresentado o Plano de Ação ao Ministério será encaminhado uma cópia ao Fórum BHSF e que a Fundação acompanhará e apoiará as ações deste Fórum. Dando prosseguimento a reunião foi entregue ao MPPE COPMA pelo representante da FUNDARPE, um exemplar do Livro Tatuagens Urbanas. Em seguida o Coordenador do Fórum Marcelo Teixeira da Codevasf informou a inclusão de novas instituições participantes, como sendo, a OAB- PE tendo como representante o Sr. Antônio F.G. Beltrão – Presidente da Comissão Estadual de Meio Ambiente, O Sr. João Paulo Holanda Albuquerque da Procuradoria da República  Polo Petrolina/ Juazeiro e o Sr. Alfredo Carlos Gonzaga Falcão Júnior  também da Procuradoria da República Polo Petrolina/ Juazeiro. Ressalta-se que todos estavam ausentes nesta reunião. Destacou também o Coordenador do Fórum, as presenças da Representante da SEMAS, Joana Aureliano e do Dnocs, Alexandre Moura. A seguir, iniciou-se os trabalhos em cumprimento aos itens constante da pauta, invertendo a sua ordem, quando passou a ser discutido os preparativos para a viagem a Itacuruba (PE), assim deliberando: Visita técnica, Oficina e   realização da 49ª Reunião Ordinária; Sobre este assunto foram decididos: Convite as instituições integrantes do Fórum e outras que tenham interesse na área e sobre o assunto da oficina será encaminhado pelo MPPE (CAOPMA), tendo sido tomadas as seguintes providências pelo representante Procurador André Silvani que foram repassados através de mensagem eletrônica a todos os presentes – 1) preparar convite (usar modelo que Geraldo encaminhou) a todas as instituições que integram o Fórum da BHSF e ainda: ao Comitê da Bacia do São Francisco e do Pajeú; as promotorias da região; a Eletronuclear e ao Centro de Energia Nuclear do MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, localizado na UFPE; a OAB-PE; Polícia civil e Militar; GERES; DERE; SECRETARIA DA SAÚDE, DE MEIO AMBIENTE E DE TECNOLOGIA DO ESTADO; CHESF; ICMbio; IMPRENSA; CÂMARAS E PREFEITURAS DA REGIÃO; POLOS UNIVERSITÁRIOS DA REGIÃO (Belém do São Francisco, Serra Talhada, Floresta e outros); o físico Heitor Scalambrini Costa, da UFPE; IBAMA EM SALGUEIRO; COMPESA; CIPOMA; SINDICATO DE TRABALHADORES; ONGs, COLÔNIA DE PESCADORES e ASSOCIAÇÕES; IGREJAS e BISPO DE FLORESTA (Solicitar à promotora que identifique e convide outros segmentos da sociedade, da forma mais ampla possível); 2) detalhar o período e conteúdo do evento no convite, bem como a data de saída e retorno: no primeiro dia haverá a visita a Itacuruba (Prefeito Romero Magalhães); a oficina será em Itacuruba no segundo dia- confirmar com o promotor; a reunião do fórum será em Floresta, no último dia; a saída de Recife será no dia 07 de novembro e o retorno no dia 10,
após a reunião do Fórum; 3) a oficina, em Itacuruba, deverá comportar pelo menos 100 pessoas; 4) a oficina atenderá o modelo que foi encaminhado recentemente por
Dr. Geraldo Margela (a condução do trabalho será pelo CAOPMA e a temática é espontânea, decorrente das discussões dos problemas do Município com a população local, no modelo de uma audiência pública); 5) lembrar de manter contato telefônico com a Promotora para detalhar as ações; 6) Municípios RD Sertão de Itaparica: Itacuruba, Floresta, Belém de
São Francisco, Carnaubeira da Penha, Jatobá, Petrolândia e Tacaratu. Ainda sobre a viagem a Itacuruba o representante da Agência CONDEPE/FIDEM, Wellington Eliazar, colocou a disposição dois veículos e o MPPE um veículo tipo Van para 14 pessoas com saída dia 07/11 às 9h da sede do MPPE na Rua Visconde de Suassuna. Algumas instituições seguirão em veículos próprios destacando-se que as despesas de seus representantes correrão as suas expensas. Decidiu-se também que a Oficina seria realizada  no dia 09/11 em Itacuruba  sendo solicitado o apoio da promotoria local para a logística do espaço para no mínimo 100 pessoas. Foi aprovado que a hospedagem se daria na cidade de Floresta ficando as reservas de hotel a serem feita pelo representante da Agência CONDEPE/FIDEM sendo necessária a confirmação dos participantes até 30/10/2011. Ficou acertado que todos os participantes se encontrariam em Gravatá para formação do Comboio que a partir de Arcoverde teriam a escolta do CIPOMA. A visita ao município se dará no dia 08 e a reunião do Fórum será dia 10/11 e terá a apresentação de dados e indicadores do município pelo representante da Agência CONDEPE-FIDEM. Na reunião será feita a avaliação e os encaminhamentos de acordo com os resultados da oficina. Após encerramento dos trabalhos será feito o retorno ao Recife. Para esta oficina serão convidadas integrantes do governo federal responsáveis pelo programa de energia nuclear, prefeituras dos municípios circunvizinhos. Encerrando-se esse assunto de pauta, foi feita a apresentação da ata da reunião do dia 19 de setembro para aprovação haja vista já ter sido socializada entre os participantes. Em seguida foram dados alguns informes sobre a presença do representante da FUNDAJ, João Suassuna em dois programa de entrevista  em  emissora de TV, Assembléia Legislativa e em Debate e TV Brasil onde fez explanação a respeito das demandas e deficiências hídricas do Rio São Francisco e o projeto do canal do Sertão para 100mil há de cana-de-açúcar, cujas gravações foram entregues à Coordenação do Fórum para reprodução entre os participantes. Sobre os arquivos de documentos do Fórum que seria reproduzido pela Agência CONDEPE-FIDEM, considerando estarem disponíveis no Blog do Fórum, não serão mais providenciados. Iniciando-se os trabalhos sobre alterações no Regimento Interno foi feita a discussão e aprovação da transformação do cargo Presidente para Coordenador Geral, a criação do cargo de Vice Coordenador Geral tendo sido eleito o representante da Fundaj, João Suassuna, para ocupá-lo. Nesse momento também foi referendado pelos presentes, a permanência do MPPE através do CAOPMA, para a secretaria executiva do Fórum, ficando acordada a cooperação das instituições participantes, quando solicitada, nessa atividade, evitando dessa forma, que seja sobrecarregada aquela Unidade. As alterações propostas foram aprovadas pelos membros do Fórum e o novo regimento interno entrou em vigor em 19 de outubro de 2011.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

47ª Reunião Ordinária do Fórum BHSF discutiu no dia 21/09 o uso da energia nuclear e seus impactos.

Membros do Fórum reunidos na CPRH - 21.09.2011

A 47ª Reunião Ordinária do Fórum BHSF ocorreu no auditório da Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH na manhã do dia 21/09/2011. A reunião contou com a participação de representantes do MPPE/CAOPMA, Codevasf, Sudene, Embrapa, Dnocs, Fundaj, Fundarpe, IPHAN, CPRH, Cipoma e Apevisa.   Na pauta do evento constava  a palestra de  Heitor Scalambrini Costa,  Professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sobre "Impactos da Energia Nuclear no Nordeste" e que em sua apresentação disse que muito se tem falado e escrito pró e contra a opção do governo em reativar o Programa Nuclear, implicando assim na instalação de centrais nucleares no território brasileiro.
Para o Professor, os defensores desta tecnologia, identificados com setores da burocracia estatal, militares, membros da academia, grupos empresariais (empreiteiras e construtores de equipamentos), julgam que o Brasil não deve prescindir desta fonte de energia elétrica para atender a demanda futura, alegam ser vantajosa por ser barata e "limpa" por não emitir gases de efeito estufa. Afirmam não ser possível acompanhar o desenvolvimento científico-tecnológico, caso não se construa usinas nucleares. E por outro lado, minimizam o recente desastre ocorrido no complexo de Fukushima Daiichi, garantindo riscos mínimos, e mesmo a ausência deles, nas instalações brasileiras.
A primeira vista tais argumentos pareceria convincente, e poderiam até confundir os mais neófitos e menos desavisados cidadãos e cidadãs, que desejam o melhor para o país e para sua população. Mas a verdade dos fatos tem revelado que a opção pela energia nuclear atende somente a interesses inconfessáveis de alguns, em detrimento dos interesses da ampla maioria, resultando em mais problemas do que soluções.
É preciso entender de uma vez por todas, a grande vantagem comparativa do Brasil por possuir uma diversidade e abundância de fontes energéticas renováveis que não são encontradas em nenhuma parte do mundo, e que podem pela tecnologia atual, atender as necessidades energéticas atuais e futuras do país. Estas sim, desde que utilizadas de forma sustentável, podem contribuir para uma sociedade descarbonizada.
Afirmar que as usinas nucleares não emitem gases de efeito estufa é uma meia verdade. É certo que quando em funcionamento as usinas núcleo elétricas emitem desprezíveis quantidades destes gases. Mas lembremos que as centrais não funcionam sem o combustível nuclear. E este para ser obtido, passa por etapas e operações que são conhecidas como "ciclo do combustível nuclear", que vão desde a extração do minério radioativo, sua concentração, enriquecimento, preparação das pastilhas de combustível, seu uso na usina na geração de eletricidade, armazenagem do lixo radioativo produzido e o descomissionamento da usina, depois de atender sua vida útil. Em todas estas etapas e operações a produção de gases de efeito estufa é importante, e a quantidade varia muito em função da metodologia empregada para calcular, de 60 a 400 gCO2/kWh, como relatado por inúmeras publicações científicas. Por si só esta grande variação merece explicações e estudos mais conclusivos.
Relacionar a necessidade de instalação de usinas nucleares no país como sendo fundamental e imprescindível para acompanhar o desenvolvimento científico tecnológico na área nuclear é uma justificativa completamente fantasiosa, irreal e agride o bom senso. Minimizar os riscos das instalações nucleares é um atentado a inteligência de qualquer pessoa. Mesmo não divulgados, são freqüentes os vazamentos de materiais radioativos e problemas que ocorrem nas 442 usinas nucleares espalhadas em 29 países. Os desastres mais significativos nos últimos 20 anos, de Chernobyl, Three Mille Island e de Fukushima Daiichi, foram suficientes para alertar o mundo o quanto é perigosa e dos riscos à vida que oferecem estas instalações.
E finalmente, os custos da energia elétrica produzida pelas usinas nucleares são mais caros que outras fontes, como a eólica e a hidráulica, e comparados ao das termoelétricas. Além de necessitarem de subsídios públicos, ou seja, repasse de enormes recursos financeiros do tesouro nacional disponibilizados para esta tecnologia; que acabam dificultando que investimentos sejam realizados em outras fontes energéticas como a solar, eólica, biomassa, pequenas centrais hidroelétricas, e no aproveitamento dos recursos energéticos encontrados nos oceanos. E nós sabemos quem vai pagar esta conta: o consumidor. É certo também que com as novas regras de segurança impostas pós Fukushima, ainda mais caro ficará o custo da eletricidade nuclear. Scalambrini disse também que no mínimo é insensata esta opção energética adotada pelo governo brasileiro, e que deve ser mais discutida com transparência. Daí estar junto à imensa maioria da população que tem se manifestado contrária a construção de usinas nucleares em território nacional, fortalecendo o coro: Energia nuclear? Não obrigado.

No próximo mês de novembro, os membros do Fórum BHSF viajarão ao município de Itacuruba(PE), para verificarem o local aonde se pretende instalar uma Usina Nuclear no São Francisco. Sabe-se que de acordo com o documento A Rota da Expansão da Energia Nuclear no Nordeste, produzido pela Eletrobras Eletronuclear, o município de Itacuruba, sertão de Pernambuco, é a primeira opção para a instalação de uma usina nuclear no Nordeste. A ação faz parte do Programa de Expansão da Energia Nuclear Brasileira. Mas, por que Itacuruba? Segundo o documento, as razões da escolha seriam água disponível, pois fica às margens do Lago de Itaparica; solo estável; o município já possui linhas de transmissão da Chesf; fica entre os três maiores mercados consumidores de energia elétrica do Nordeste (Recife, o Complexo Industrial e Portuário de Suape e Salvador); e a baixa densidade populacional do município. Ou seja, um dos fatores levados em consideração na localização da usina nuclear está diretamente relacionado à sua presumível capacidade de dano.

Não havendo mais tempo para o desenvolvimento das atividades previstas na pauta, o regimento interno ficou para ser discutido na próxima reunião que terá a seguinte pauta: Assinatura da ata da reunião do dia 17/08/2011; Leitura, aprovação e assinatura desta ata; Informes gerais; Preparação da viagem a Itacuruba; e, Regimento Interno. Encerrando a reunião faz-se o registro da participação pela primeira vez no Fórum BHSF, da Apevisa – Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, através de seus representantes, José Pereira de Souza e Elias Pereira da Silva.

A XLVIII Reunião Ordinária será realizada dia 19/10 (quarta-feira) na Fundação Joaquim Nabuco Fundaj, Av. 17 de Agosto, s/n – Casa Forte – Recife-PE - Auditório Calouste Gulbenkian e a discussão será em torno da análise e aprovação do novo Regimento Interno do Fórum BHSF.

47ª Reunião Ordinária - CPRH - set/2011

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A 48ª Reunião Ordinária do Fórum BHSF será na Fundaj - Dia 19.10.11

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rio São Francisco completa 510 anos de descobrimento.


Em Alagoas, as comemorações renderam muitos presentes. A data também foi festejada pelos índios. O coral Vozes da Cidade de Penedo expressou a gratidão do povo ribeirinho ao velho Chico.

Assoreamento causa prejuízos ao Rio São Francisco
Faz 510 anos que os navegadores portugueses descobriram o Rio São Francisco. Desde então, seu leito se transformou em uma verdadeira estrada para o desenvolvimento do Nordeste e do Sudeste.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

04 de outubro: Aniversário do Rio São Francisco.



O Rio São Francisco

Regina Coeli Vieira Machado

Servidora da Fundação Joaquim Nabuco

pesquisaescolar@fundaj.gov.br
SÃO FRANCISCO
O rio São Francisco, denominado "rio da unidade nacional" representa a força de todas as correntes étnicas do Brasil, porque uniu as raças desde as camadas humanas mais antigas às estruturas étnicas e políticas mais recentes do País. Aproxima o sertão do litoral e integra homens e culturas.
Foi descoberto em 4 de outubro de 1501, pelos viajantes Américo Vespúcio e André Gonçalves. Os índios que habitavam a região chamavam-no de Opara, que significa rio-mar. Recebeu o nome de São Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, nascido na Itália 319 anos antes do seu descobrimento.
Ele nasce na serra da Canastra no município de Piumi, oeste de Minas Gerais e desemboca na Praia do Peba no estado de Alagoas (margem esquerda) e na praia do Cabeço, no estado de Sergipe (margem direita). É conhecido também como Rio dos Currais por ter servido de trilha para transporte e criação de gado na época colonial, ligando a região Nordeste às regiões Centro-Oeste e Sudeste.
É considerado o terceiro maior rio do Brasil, possui 3.163 quilômetros de extensão e sua bacia possui 640.000 quilômetros quadrados de área, o que eqüivale a sete vezes o território de Portugal.
A fonte de vida e de riqueza de suas águas possibilitam o múltiplo uso do seu potencial hídrico, para abastecimento humano, agricultura irrigada, geração de energia, navegação, piscicultura, lazer e turismo. Ao longo de sua extensão aparecem várias quedas d'água, destacando-se a Cachoeira Grande, com 2.800m de extensão; a Cachoeira de Pirapora, que faz limite entre o curso alto e médio do rio; a Cachoeira de Sobradinho, com 5km de extensão; Itaparica, a quarta cachoeira do Alto ao Baixo São Francisco que, com seu grande volume de água, dá ao sítio um aspecto pitoresco e a Cachoeira de Paulo Afonso, uma das cascatas mais altas do mundo com os seus 82 metros de fundo e de beleza natural ímpar.
Há alguns anos, vários problemas de natureza social e econômica vêm afetando o percurso natural do rio, como o assoreamento, o desmatamento de suas várzeas, a poluição, a pesca predatória, as queimadas, o garimpo e a irrigação.
Quinhentos anos depois de seu descobrimento, o rio São Francisco é, ainda hoje, o principal recurso natural que impulsiona o desenvolvimento regional, gerando energia elétrica para abastecer todo o Nordeste e parte do estado de Minas Gerais, através das hidrelétricas de Paulo Afonso, Xingó, Itaparica, Sobradinho e Três Marias.
Diante de sua extraordinária importância para o Brasil, no decorrer desses 500 anos de exploração, o Velho Chico necessita de um melhor tratamento. A sua preservação espacial se faz necessária e urgente, para que ele possa ser útil também às futuras gerações.

Recife, 11 de julho de 2003.

(Atualizado em 31 de agosto de 2009).

FONTES CONSULTADAS:

ÁVILA, Gabriela Martin. O rio São Francisco: a natureza e o homem. Recife: Chesf, 1998. Não paginado.
BERGAMINI, José. Rio São Francisco, sua história e estórias. Belo Horizonte: Comunicação, 1976.
MEDEIROS NETO, Luiz. História do São Francisco. Maceió: Casa Ramalho, 1941.
MÉDIO São Francisco: da potencialidade à realidade. Belo Horizonte: Fundação Laura de Andrade/ Grupo Gutierrez, 1986.
SÃO Francisco: o rio da unidade, a river for unity. 2.ed. [Brasília]: Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, 1978. Texto em português e inglês.

COMO CITAR ESTE TEXTO:

Fonte: MACHADO, Regina Coeli Vieira. Rio São Francisco. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: . Acesso em: dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Histórias do Velho Chico.






O Rio da integração nacional - o São Francisco - é caminho de ligação do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste...Une climas e regiões diferentes. Descoberto há mais de 500 anos, o Velho Chico recebe água de 168 afluentes e banha os Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. É rico em belezas, mistérios e lendas. Mas essa riqueza natural é também cercada de problemas sociais. A população que vive em torno do velho chico já enfrentou a miséria e começa a sentir os benefícios do projeto de Integração das bacias e transposição da águas.

Imagens do Rio São Francisco