sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Rio São Francisco recebeu 1,9 milhão de peixes nativos em 2015

 

Os alevinos são destinados à recomposição de rios, lagoas e grandes reservatórios hídricos da região


       
                          Espécies nativas são inseridas em trechos do rio em Alagoas, durante ações de repovoamento
                                 Divulgação/Codevasf
                         Espécies nativas são inseridas em trechos do rio em Alagoas,
                              durante ações de repovoamento
 
O Rio São Francisco recebeu em 2015 de 1,9 milhão de alevinos (peixes recém-saídos do ovo). São utilizadas somente espécies nativas da bacia hidrográfica da região nessas ações de repovoamento do Velho Chico.
Os peixes, produzidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), são destinados à recomposição da ictiofauna(conjunto das espécies de peixes) de rios, lagoas e grandes reservatórios hídricos da região. No ano passado, a Codevasf produziu cerca de 7 milhões de alevinos.
Para o Rio São Francisco, a Companhia utiliza apenas espécies nativas da bacia hidrográfica, como pacamã, curimatã, matrinxã, cari, cascudo, piau, piaba e surubim.
 
Peixamentos em 2016
 
A Superintendência Regional da Codevasf em Alagoas já promoveu dois peixamentos em 2016. A primeira ação foi no dia 3 de janeiro, três trechos do São Francisco entre os municípios de Penedo (AL) e Neópolis (SE). A segunda foi realizada no dia 31 do mesmo mês, no município de Piaçabuçu, no Baixo São Francisco alagoano.
Essas iniciativas integram as ações do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, executado pela Codevasf em sua área de atuação.

 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Banhistas foram atacados por piranhas no rio São Francisco

12.02.2016 - 12:21   por Larissa Bastos

Piranhas atacaram 24 banhistas no Rio São Francisco somente em fevereiro

Um policial militar teve o dedo decepado; peixe é do tipo pirambemba
        


Uma nova - e inusitada - preocupação tem chegado aos municípios ribeirinhos com a baixa da vazão do Rio São Francisco. Em apenas dez dias, no período de 1º a 10 de fevereiro, 24 banhistas foram atacados por piranhas na chamada Praia do Cristo, na cidade de Pão de Açúcar.
A maior parte das vítimas foi atacada na região dos pés e um policial militar chegou a ter parte do dedo decepada após o ataque dos peixes, que são do tipo pirambeba, uma espécie de piranha branca. Eles podem chegar a dois quilos e tem a mordida menos potente que a piranha preta.
Os banhistas têm sido atendidos na Unidade Mista Dr. Djalma Gonçalves dos Anjos, em Pão de Açúcar, com sangramento intenso. Segundo o prefeito do município, Jorge Dantas, apenas ontem foram mais cinco ataques. Ele destacou que placas estão sendo afixadas às margens do rio para avisar as pessoas quanto ao perigo.
"Isso se acelerou nos últimos dias. Só ontem foram cinco ataques e hoje as placas vão ser afixadas para que as pessoas fiquem cientes. Já conversei também com o secretário de Recursos Hídricos, que prometeu mobilizar Ibama, IMA e todos os órgãos que têm a ver com essa questão".
Jorge Dantas acredita que os casos estão ligados à atual vazão do rio. "Não tenho dúvidas de que isso decorre do desequilíbrio ambiental causado pela baixa vazão do Rio São Francisco. Foram diminuindo os locais onde esses animais podiam se manter protegidos e eles começaram a buscar outros lugares, como a Praia do Cristo".
O prefeito de Pão de Açúcar destaca que a ocorrência não é comum na região e que não tinha conhecimento de algo do tipo ter acontecido nos últimos 50 anos. Ele classifica a situação como "quase calamitosa", já que os peixes continuam perto das margens mesmo com a água limpa - eles se alimentam de sujeira e sedimentos.
"Nada impede que o mesmo aconteça com outros tipos de piranhas e também em outras localidades. Já é bom que outros prefeitos da região ribeirinha tanto de Alagoas quanto de Sergipe comecem a tomar as providências, porque o caso está se agravando. Isso nos preocupa muito".
Jorge Dantas diz que a maior preocupação é com as pessoas que costumam nadar no meio do rio. "Nossa preocupação é que pegue um desavisado que esteja tomando banho no meio do rio e tenha dificuldade de se evadir. Todos nós sabemos que a piranha é um peixe de cardume e é atraída pelo sangue, podendo causar algum óbito", afirma.
De acordo com ele, comerciantes e restaurantes às margens da Praia do Cristo estão sendo conscientizadas para informar os banhistas. O prefeito disse que também vai entrar em contato com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para que ela monitore os efeitos ambientais da baixa vazão do São Francisco. 

Fonte: Gazetaweb

Imagens do Rio São Francisco