Fonte: Marcelo Mário de Melo
O Plano de Ação da Fundação Joaquim Nabuco para a integração nas metas do Plano Nacional da Educação no período 2012-2020, estruturado num processo de discussão aberto a todos os servidores, depois de apresentação feita pelo presidente da instituição, Fernando Freire, foi submetido hoje, em workshop, à apreciação de diversas personalidades representativas da universidade e da comunidade cultural da Região Nordeste.
O Plano está fundado nas diretrizes:
- Ampliar a inserção das ações da Fundação Joaquim Nabuco no Plano Nacional da Educação – PNE 2011 – 2020, buscando confluência com o Plano Nacional de Cultura e a Política Nacional de Educação Ambiental;
– Pesquisar, formar e difundir são atividades institucionais da Fundação;
– Relacionar a inserção territorial da Fundação às transformações sociais, econômicas, culturais e políticas que impactam nas formas de a Região Nordeste se articular com o País e com o mundo, priorizando, preferencialmente, os eixos de desenvolvimento da Bacia do São Francisco, da Transposição, do Complexo Industrial Portuário de Suape, do Porto de Pecém, da Transnordestina e das áreas onde foram implantados novos campi, oriundas do processo de interiorização das Universidades Públicas;
– Promover a interiorização das ações da Fundação, especialmente nos eixos de desenvolvimento da região, elegendo tentativas e atividades que contribuam para o empoderamento da população e reforcem a atuação da Fundação nos municípios focados;
- Promover acessibilidade a produtos, serviços e espaços físicos a pessoas com deficiência, ampliando a participação da sociedade em suas ações.
Durante toda a manhã e uma parte do segundo expediente, os debatedores fizeram suas considerações em torno do Plano, compreendendo sugestões e alguns alertas.
De uma maneira geral, foi elogiada a disposição da presidência da Fundaj em se predispor a uma avaliação externa e se ressaltou a importância do esforço no sentido de sair dos limites de Pernambuco e ampliar o raio de ação ao conjunto da região nordestina.
A Fundaj foi alertada para não se esquecer das áreas do Nordeste que não estão incluídas nos grandes projetos de desenvolvimento e não executar linhas de formação que venham caracterizar superposições com atividades já desenvolvidas pelas universidades.
Também se chamou a atenção para que a intervenção educacional da Fundaj nos territórios dos grandes projetos de desenvolvimento econômico ultrapassem a visão utilitarista da simples formação de mão-de-obra e compreendam o arco mais amplo da formação humanística e voltada para o exercício da cidadania.
Diversos participantes ressaltaram a necessidade de a Fundaj atuar como coordenadora de trabalhos em rede, junto a universidades e outras instituições ligadas à sociedade. O investimento nas tecnologias da informação para a difusão do conhecimento também foi ressaltado.
O caráter híbrido da Fundaj, como instituição de pesquisa, memória e cultura, foi colocado pelos debatedores como um elemento positivo que lhe permite suplementar, com a sua pluralidade de conhecimentos e acervos, os projetos e as ações das entidades que possuem um viés puramente educacional.
Agradecendo aos participantes pelo estudo e o envolvimento no Plano de Ação da Fundaj para a inserção no PNE, o presidente Fernando Freire esclareceu que as considerações recolhidas no workshop seriam tomadas como subsídios ao planejamento estratégico da instituição, do qual o Plano de Ação constitui uma parte.
Participaram do workshop: a economista Tânia Bacelar (UFPE/Ceplan); o Secretário de Cultura da Paraíba, Chico César; o deputado Paulo Rubem Santiago; e ainda Ivon Fittipaldi (UFPE), Dalila Andrade (UFMG), Aristides Monteiro (IPEA), Lúcia Melo (MTC), Arnóbio Gama (Facepe), Emídio Cantídio (MEC/Capes), Antonio Paulo Rezende (UFPE), Paulo Linhares (INESP/CE), Jurema da Costa Seckler (Casa de Rui Barbosa), José Geraldo Eugênio de França (Itep) e Marcelo Carneiro Leão (UFRPE).
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